Quem foi para o Havaí e gostou tem mais um motivo para ficar feliz: a ilha está em fase de ampliação. Ela tem aumentado de território graças a um vulcão que está ativo desde 1983, o Kilauea. Daquele ano até hoje, a lava que ele despeja no mar fez a ilha crescer 3 milhões de metros quadrados – o equivalente a 316 campos de futebol. E vem mais por aí, só que daqui a bastante tempo: dentro de 50 mil anos, uma nova ilha, Lo’ihi, deve surgir na região. Atualmente, ela é apenas um vulcão escondido a 1 000 metros de profundidade, mas que não pára de crescer.
Famoso pela praia, sol, garotas dançando com colares de flores e ondas, muitas ondas, Havaí é o nome do 50o estado americano e também o da maior das oito ilhas que compõem o arquipélago. É um dos lugares habitados mais distantes dos continentes, a cerca de 2 400 quilômetros dos Estados Unidos. Mas por que existe um lugar assim, isolado no meio do oceano Pacífico? Porque essas ilhas são os pedaços de terra mais jovens de nosso planeta, resultado de erupções vulcânicas que começaram no fundo do mar há cerca de 70 milhões de anos e continuam até hoje (para comparar, os continentes terminaram de se formar há 200 milhões de anos). Havaí, a ilha mais recente, tem apenas 1 milhão de anos. Abriga cinco vulcões – o mais ativo deles é o Kilauea. Parece que alguém esqueceu uma torneira aberta: a lava sai de uma fenda na montanha e escorre tranqüila e impassível, buscando frestas entre a lava seca liberada nos dias anteriores. Às vezes, porém, a “torneira” é aberta com mais força, arrastando tudo o que está no caminho. Um espetáculo inesquecível, que nos faz lembrar que a Terra é um ambiente em permanente mutação e cujos processos mais básicos estão longe do controle humano – mas ao nosso alcance para serem observados e admirados.
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