Em um país como o Brasil, em pleno verão, com altas taxas de temperatura e umidade relativa do ar, não dá para resistir mais do que quatro dias. No frio, esse tempo pode chegar a sete dias – dependendo, claro, das condições físicas de cada um. Para se ter uma idéia, a perda média de água do ser humano é de cerca de 2 a 2,5 litros de água por dia, que saem na urina, fezes e suor – em dias quentes, chegamos a perder o dobro disso. Pois bem, quando você sente sede é porque já teve de 1% a 2% do seu peso perdido em água. “Quando essa taxa passa de 5%, a pessoa começa a ter sérios comprometimentos clínicos”, afirma o médico fisiologista Renato Lotufo.
No calor, quatro dias a seco significam uma perda de mais de 20% do peso corporal – risco de morte imediata. “Esportistas precisam ficar ainda mais atentos, pois a saída de líquidos é muito rápida. Há casos de morte por desidratação em triatletas que não se hidrataram por duas horas”, diz Lotufo. E, se você seguir os comerciais de cerveja e mandar uma gelada em pleno deserto, a situação pode ainda piorar: o álcool acelera a desidratação.
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