27 agosto 2008

Como funciona o raio x de bagagem de mão?

É tudo bem parecido com a radiografia que você tira no médico. Ao colocar sua bagagem na esteira, um gerador emite um feixe de raio X que faz a varredura do tipo de material que você está levando. Isso ocorre porque o raio X não atravessa os materiais da mesma forma: ele fica mais concentrado quando se depara com átomos mais pesados, como os do metal, e é menos absorvido por átomos leves, como os do plástico. Para formar a imagem no monitor, o computador interpreta as regiões com menor incidência de raios como mais escuras e vice-versa. O problema desse sistema, usado nos aparelhos mais simples, é que a imagem clara de um explosivo pode ser facilmente escondida pela sombra escura de um objeto de metal.
Por isso, foi desenvolvido recentemente um aparelho que emite dois tipos de raios X, formando duas imagens independentes – uma de alta energia, que ressalta os materiais mais pesados, e outra de baixa, para os mais leves. "Comparando as duas, o computador é capaz não só de separar imagens superpostas, mas de determinar a densidade dos materiais e indicar possíveis explosivos", diz Luiz Góes, diretor técnico da Heimann, uma das fabricantes desses aparelhos. Após os atentados de Nova York, alguns aeroportos internacionais estão adotando um aparelho que usa uma tecnologia semelhante à das tomografias computadorizadas. Depois de uma primeira varredura, o aparelho faz outra, revelando imagens em três dimensões de objetos suspeitos.

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