Como funciona a Casa da Moeda?
Único estabelecimento do país com autorização legal para realizar o sonho de qualquer mortal – transformar papel em dinheiro – a Casa da Moeda do Brasil, conhecida pela sigla CMB, faz mais que isso. Localizada no Rio de Janeiro, ela é um enorme parque gráfico protegido como um forte (são três portões de segurança máxima) e equipado com impressoras capazes de confeccionar cédulas, moedas, selos, cartões telefônicos e outros documentos que precisam de dispositivos contra falsificação. A fabricação de dinheiro começa com a compra do papel, que já vem com alguns itens de segurança que as cédulas carregam. Depois, as máquinas da CMB começam a imprimi-lo com cores, imagens e colocam outros dispositivos de defesa contra falsificação (veja infográfico ao lado). Mas, para transformar papel em dinheiro, não basta apenas ter vontade. É necessária uma autorização do presidente do Banco Central que, orientado pelo governo, calcula a quantidade de dinheiro a ser impresso.O conceito de casa da moeda surgiu no fim da Idade Média com a invenção da máquina tipográfica e do recibo dado para o depósito de moedas de ouro e prata aos ourives (comerciantes de metais preciosos). Com o tempo, os governos se responsabilizaram pela emissão desses recibos – que, rapidamente, ganharam status de dinheiro – e passaram a controlar as falsificações para garantir seu poder de compra. No Brasil, a primeira Casa da Moeda foi instalada em Salvador, em 1694, de onde saia o "Real Brasileiro", conhecido como pataca. "Apesar de ser a única instituição autorizada a fabricar dinheiro no Brasil, a CMB hoje também pode prestar serviços a empresas privadas na impressão de documentos que precisam de itens de segurança", diz Carlos Alberto Carvalho da Silva, coordenador de comunicação social da CMB.
1. O papel que chega na Casa da Moeda já vem com três itens de defesa contra a falsificação: marca d’água a, fibras coloridas b e fio de segurança c.
2. Sobre o papel, são colocadas as microimpressões (essas letras que você só vê com ajuda de uma lupa) d, imagem coincidente e (marcas milimetricamente sobrepostas na impressão) e o desenho da cédula.
3. Na última etapa, a cédula ganha a marca tátil que ajuda os deficientes visuais a identificar o valor f, e a imagem latente g, marca que só aparece quando vista de um ângulo especial .
4. Somente com a autorização do Banco Central, as cédulas podem entrar em circulação. Cabe também ao BC autorizar a substituição das notas deterioradas por cédulas novas.
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