Foi no século 17, quando os britânicos começaram a importar grandes
quantidades de vinho português. Para que a bebida resistisse às longas
viagens marítimas, os comerciantes ingleses acrescentavam aguardente
nos barris. Os marinheiros logo perceberam que, além de conservar o
vinho por mais tempo, a adição de álcool também realçava o sabor da
bebida (e aumentava seu poder de embriaguez!) e acabaram criando, sem
querer, a fórmula do vinho do Porto. Hoje, mesmo sem a ajuda dos
cachaceiros, digo, marinheiros, a bebida continua recebendo doses de aguardente durante a sua fabricação.
Para garantir o monopólio sobre a receita, em 1914, o governo
português assinou com a Inglaterra um contrato determinando que o vinho
do Porto só pode ser produzido com uvas da região do Vale do Rio Douro,
nordeste de Portugal.
“Para manter a qualidade da bebida, proibimos o uso de uvas de
quaisquer outras regiões”, afirma Carlos Soares, do Instituto do Vinho
do Porto, órgão que supervisiona a produção do vinho.
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