Um cachorro de estimação, quando morre, pode ser cremado ou até enterrado solenemente no fundo do quintal. Mas os zoológicos enfrentam um problema barrigudo quando morre um elefante, um hipopótamo ou uma girafa com 5 metros de altura. É impossível providenciar um funeral digno. Por isso existem as chamadas técnicas de descarte do animal. Em alguns lugares, o grandão é fatiado e cremado aos pedacinhos, para caber no forno.
No Zoológico de São Paulo, ele vira adubo. A técnica utilizada é a compostagem. Os bichões são picados em pedaços de até 15 quilos, que passam por um processo especial de decomposição. O material orgânico gerado daí fertiliza as hortas do próprio zôo. Foi esse o fim do elefante Baira, por exemplo, falecido em fevereiro de 2004. Dez pessoas ajudaram a fatiar o gigante. Seus pedaços foram jogados numa carreta e enterrados separadamente para a compostagem. Um funeral nada cristão, mas bastante funcional.
Nas cidades litorâneas o problema são as baleias. Quando uma delas encalha e morre no litoral, precisa ser removida para não apodrecer na praia. No Rio de Janeiro existe um verdadeiro cemitério de baleias. Fica no Aterro Sanitário de Gramacho, onde só este ano foram sepultadas três grandalhonas. Lá, o coveiro trabalha com uma retroescavadeira. A vala cavada tem quase 15 metros de largura, e é coberta com uma montanha de terra, para que o gigante descanse em paz.
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