20 maio 2009

Lâmpadas Fluorescentes: todo cuidado é pouco

Qual o real perigo das lâmpadas para o meio ambiente? Existem pelo menos doze elementos nas lâmpadas que podem causar impactos negativos ao meio ambiente, porém, o grande vilão é o mercúrio, substância que em condições normais transforma-se rapidamente em gás.
O aterro sanitário é hoje o principal destino das lâmpadas ao final de sua vida útil. Lá as substâncias contidas nas lâmpadas contaminam o solo e, posteriormente, os cursos d’água. O mercúrio, nosso grande vilão, é bioconcentrado, ou seja, a contentração de mercúrio aumenta nos organismos animais com a passagem através da cadeia alimentar. Desta forma, ao final da cadeia alimentar a concetração estará muito maior que no início sendo perigosa para o próprio animal ou para quem o consome. A via respiratória é a que mais absorve mercúrio no organismo humano, além da manifestação tóxica dessa substância também ocorrer nas células do sistema nervoso causando tremores nas mãos e comportamentos anormais e introvertidos.

Um dos exemplos de envenenamento por mercúrio acontece nos anos 50 no Japão, quando mulheres foram expostas a altos níveis da substância através do consumo de peixes. O resultado: seus filhos e netos desenvolveram múltiplos sintomas neurológicos como microcefalia e atrofia do cérebro.

Esta “novidade” chegou ao Brasil em 2001, por conta do apagão – e da necessidade de todos economizarmos MUITA energia elétrica. Por razões óbvias (elas abaixam a conta de luz) as lâmpadas econômicas conquistaram o coração – e o mercado brasileiro. Seu crescimento, nos últimos quatro anos, foi de 20% ao ano!!! A iluminação responde por 20% do consumo de uma residência. Cada lâmpada compacta de 15W – mesma luz da incandescente de 60W – economiza R$ 2 por mês na conta de luz. Numa casa de classe média, com cerca de dez lâmpadas, a economia mensal é de R$ 20,00.
Detalhe: elas são importadas. Em 2007 trouxemos cerca de 80 milhões delas, quase todas da China – líder de fabricação do produto. Segundo pesquisa do Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica), 96% dos entrevistados conhecem as lâmpadas fluorescentes. 14% deles as utiliza em forma compacta e outros 30% usam as tubulares.

Quebrou? Se cuide! Material perigoso

Todo cuidado na hora de manusear e usar as lâmpadas fluorescentes. Caso uma delas quebre, isso libera mercúrio. Veja as recomendações da ABilumi:
  • Não use aspiradores de pó para limpar;
  • Logo após o acidente, ventile o ambiente – abra portas e janelas;
  • Saia do local por, no mínimo, 15 minutos;
  • Para limpar, use luvas e avental. Evite contato do material com a pele. Coloque tudo em um saco plástico;
  • Com um papel umedecido, retire os pequenos caquinhos que ainda restarem (não tire as luvas…);
  • Coloque o papel dentro daquele saco plástico e feche bem;
  • Coloque todo o material dentro de um segundo saco plástico. Lacre o saco plástico evitando a contínua evaporação do mercúrio liberado;
  • Logo após a limpeza, lave as mãos com água corrente e sabão.
Na hora de jogar fora é que são elas

A ABilumi encontrou apenas dez empresas que oferecem serviço de reciclagem de lâmpadas em todo o Brasil– a maior parte delas em São Paulo.
São Paulo
Apliquim - (11...
Rodrigues & Almeida Moagem de Vidros - (19...
Tramppo –(11) 3039-8382
Naturalis Brasil - (11... e 4591-3093
Santa Catarina
Brasil Recicle - (47...
Paraná
Bulbox - (41) 3357-0778
Mega Reciclagem - (41) 3268-6030 e 3268-6031
Rio Grande do Sul
Sílex - (51) 3421-3300 e 3484-5059
Minas Gerais
Recitec - (31) 3213-0898 e 3274-5614
HG Descontaminação - (31) 3581-8725
Com informações do Portal Coleta Solidária

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