Quem fuma ouve mal
40% das pessoas habituadas ao cigarro queixam-se de zumbido no ouvido.
Não é novidade que os fumantes apresentam mais riscos de contrair infecções respiratórias, câncer e doenças circulatórias. Um estudo recente feito pela fonoaudióloga Carolina Pamplona Paschoal, da Unifesp, revelou que o ouvido também é afetado pelo cigarro.
A pesquisa contou com a participação de 144 indivíduos, 72 fumantes e 72 não fumantes de ambos os sexos e com idades que variavam entre 20 e 31 anos. Foram considerados fumantes os indivíduos que fumavam mais de cinco cigarros pode dia e por um período superior a um ano. Entre os fumantes avaliados, a pesquisadora constatou que 40,3% apresentavam queixas de zumbido na audição. O índice é quatro vezes maior quando comparado ao resultado das pessoas que não fumavam. As queixas deste grupo ficaram na margem de 11%.
Além disso, exames de audiometria detectaram prejuízos na audição de fumantes. De acordo com a pesquisadora, a disfunção coclear (ausência de sons gerados dentro da cóclea) foi notada em 13,9% dos usuários de tabaco. A cóclea é um pequeno órgão no ouvido humano que amplifica o som quando necessário e converte as vibrações acústicas em sinais elétricos que o cérebro lê e interpreta como sons , explica Carolina. O índice de disfunção coclear entre os não fumantes foi de apenas 2,8%.
Além disso, exames de audiometria detectaram prejuízos na audição de fumantes. De acordo com a pesquisadora, a disfunção coclear (ausência de sons gerados dentro da cóclea) foi notada em 13,9% dos usuários de tabaco. A cóclea é um pequeno órgão no ouvido humano que amplifica o som quando necessário e converte as vibrações acústicas em sinais elétricos que o cérebro lê e interpreta como sons , explica Carolina. O índice de disfunção coclear entre os não fumantes foi de apenas 2,8%.
A análise dos dados estatísticos mostrou ainda uma forte relação entre dose e tempo de tabagismo com as alterações auditivas. Isso significa que os indivíduos que fumavam mais e por mais tempo apresentavam mais alterações do que aqueles que fumavam menos e por menos tempo . Segundo a fonoaudióloga, diversos estudos responsabilizam o tabagismo pelo déficit de oxigenação no sangue, obstruções vasculares e alteração na viscosidade sanguínea. Todos estes problemas podem acarretar um efeito tóxico sobre os órgãos e nervos responsáveis pela audição e pelo equilíbrio.
É importante que os fumantes procurem auxílio profissional quando perceberem qualquer alteração auditiva , alerta Carolina. Ela informa que o zumbido, sintoma mais freqüentemente diagnosticado, é apenas um dos sinais de que é preciso procurar ajuda profissional. Sensação de ouvido tampado e dificuldade para escutar ou entender as palavras também devem ser levadas em conta , completa.
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