Trata-se de um procedimento médico usado para recuperar o cérebro de um indivíduo que tenha sofrido derrame ou traumatismo craniano. Nesses casos, a lesão no tecido nervoso provoca um inchaço (o chamado edema), comprimindo os vasos sangüíneos. Com isso, o sangue pára de circular na região afetada, causando a morte dos neurônios. Se as células nervosas continuarem trabalhando em seu ritmo normal, a tendência é o edema aumentar cada vez mais, comprometendo outras áreas cerebrais – daí, a necessidade do coma induzido. O paciente recebe, por via intravenosa, medicamentos como barbitúricos, que diminuem a atividade celular em todo o corpo – especialmente no cérebro, deixando-o inconsciente –, enquanto as funções vitais são mantidas por aparelhos. "Com o metabolismo lento, os neurônios utilizam menos glicose, como se estivessem em repouso.
Assim, há melhores condições para o tecido cerebral se recuperar da agressão", diz o neurocirurgião Flávio Settanni, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Quando se obtém sucesso, o processo é revertido com a retirada lenta e progressiva dos medicamentos, até que o indivíduo volte à consciência.
29 abril 2010
Como funciona e para que serve o coma induzido?
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