03 janeiro 2008

O Sol nunca foi tão forte

Este ano, o Sol vai pegar pesado, mandando para a Terra overdoses de radiação e turbilhões de gás eletrificado, ambos potencialmente perigosos. É que a estrela está chegando ao nível de maior atividade nos últimos 11 anos, razão pela qual diversos países mantêm, atualmente, um serviço de previsão do tempo no espaço. É para soar o alarme na véspera das tempestades mais violentas. Sem trauma. Segundo a Nasa, não há risco para quem está no solo: a atmosfera e o campo magnético terrestre são escudos quase impenetráveis. Apenas quem estiver a bordo de um jato, no momento exato de uma tormenta radical, pode receber cargas exageradas de raios X. A radiação se iguala à de 100 radiografias do pulmão e aumenta as chances de a vítima ter câncer no futuro. Mas a maior preocupação dos meteorologistas do espaço é mesmo com os sistemas eletrônicos. Os satélites, que voam no vácuo, sem proteção nenhuma, podem sofrer panes. Nesse caso, as comunicações por rádio ou por telefone podem cair em qualquer parte do planeta, inclusive as que mantêm os celulares e a Internet no ar. Navios e aviões, que dependem dos satélites para navegar, também estarão sujeitos a sair da rota. No solo, os alvos mais expostos são as linhas de alta tensão nas latitudes vizinhas dos pólos. Em 1989, data do último pico de atividade solar, elas entraram em curto-circuito no Canadá, deixando a cidade de Quebec sem eletricidade por mais de 20 horas. O mesmo aconteceu em Nova Jérsei, nos Estados Unidos.

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