A guerra que o Brasil esqueceu

Raulino Corrêa de Souza tinha 9 anos quando as tropas do governo chegaram. Era fim de dezembro de 1915. A primeira coisa que se ouviu foram os tiros. "Parecia uma trovoada: bruuuumm!!!", conta, imitando o barulho. Depois, os gritos e o alarido da fuga. Debilitado pela fome, ele mal conseguiu acompanhar a mãe e os primos, que escaparam da cidade da única maneira possível - atravessando um rio a nado. "Estava tão fraco que me joguei na correnteza de qualquer jeito", recorda-se. "Achei que fosse me afogar, mas, de tão magro, nem afundei."
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